Cirurgia pós bariátrica

Este é um capítulo moderníssimo da medicina e com enormes reflexos na cirurgia plástica. O paciente submetido à cirurgia bariátrica terá enormes benefícios na sua saúde e embora os benefícios corporais sejam importantes, existe o efeito colateral da pele flácida e redundante.

Além disso há que se considerar que após tamanha perda de peso esta pele, por razões ainda não explicadas, torna-se menos elástica. Ela não se retrai com a perda de peso, ficando redundante e pendurada, formando verdadeiros aventais pendentes no abdome, no dorso (superior e inferior, com vária pregas), nas mamas, nos braços e nas coxas.

Este paciente, agora com melhor saúde e mais feliz por ter superado o mal da obesidade, torna-se obrigatoriamente um paciente da cirurgia plástica.

A própria cirurgia plástica teve que crescer tecnicamente, criando protocolos e sistematizações técnicas cada vez mais aperfeiçoadas para oferecer ao paciente a solução dos problemas que envolvem todo o seu corpo, no menor número possível de atos operatórios e cirurgias em tempos mais curtos possíveis, baixando custos e garantindo maior segurança aos pacientes.

Cito como referência histórica em minha vida profissional, o caso de uma paciente que operei em 1974 no Hospital das Forças Armadas de Brasília. Foi meu primeiro caso de cirurgia plástica pós bariátrica, quando a técnica sequer estava instituída como rotina na cirurgia geral e era desconhecida pela maioria dos cirurgiões.

Realizada pelo Dr. Jofran Frejat, médico habilidoso, recém chegado da Inglaterra e muito atualizado, que enfrentou de maneira pioneira em Brasília o caso desta paciente. Após a cirurgia a paciente evolui maravilhosamente sob o ponto de vista clínico e perdeu 80 Kg. Convocado o serviço de cirurgia plástica (eu era o chefe do serviço de cirurgia plástica do HFA à época), planejei a cirurgia operando primeiro uma coxa.

Obtendo bom resultado e com uma boa resposta clínica da paciente, operamos a outra coxa, abdome, dorso , mamas e braços. Era uma época em que não existia ainda a técnica da lipoaspiração, que tanto nos ajuda. Ainda assim o caso foi muito bem sucedido e a paciente felicíssima.

Mas só no fim da década de 90 a cirurgia se popularizou. Com nossa experiência anterior, sistematizamos o atendimento dividindo o tratamento inicial em dois atos operatórios principais que são: na primeira cirurgia operamos o abdome com incisão que se prolonga pelo dorso da paciente (se for o caso), completando 360 graus e tratando aí também o dorso, elevando as nádegas caídas e a lateral da coxas.

Associamos a seguir, no mesmo ato operatório a cirurgia das coxas, que com cicatrizes em sua raiz e face interna, retira sua flacidez e reduz seu diâmetro.

A segunda cirurgia, realizada com um intervalo mínimo de 30 dias, é a do dorso superior, braços e mamas, em um só tempo cirúrgico.

A ordem destas duas cirurgias pode ser invertida, operando-se inicialmente o que chamo de andar superior e depois o andar inferior, dependendo da área que o paciente primeiro quer melhorar.

Estas cirurgias combinadas exigem uma equipe muito bem treinada e uma perfeita sistematização do ato operatório (o paciente será mudado de posição na mesa uma ou duas vezes, dependendo do caso), além de uma perfeita harmonia com o serviço de anestesia, instrumentadores e enfermagem do centro cirúrgico.

É uma cirurgia a ser executada em ambiente hospitalar. Embora raramente tenhamos tido casos que foram para a UTI, este apoio é imprescindível para a realização dessa cirurgia.

Embora nestes dois atos operatórios, onde tratamos abdome, dorso inferior, dorso superior, nádegas, coxas, mamas e braços, e em que corrigimos 90% das deformidades, sempre haverá o desejo de melhorar detalhes remanescentes que suscitarão cirurgias complementares, tantas quantas forem necessárias, para atender os desejos de cada paciente. Os resultados são extremamente gratificantes para esses pacientes.

Cirurgia Plástica
em Brasília

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