Na grande maioria dos casos o primeiro sintoma é a perda de memória para
fatos recentes. É importante salientar que esta perda de memória deve
representar um declínio em relação ao funcionamento anterior e que
também deve ser de intensidade suficiente para interferir com o
desempenho do indivíduo em suas atividades diárias. Ou seja, uma perda
de memória leve e ocasional não deve ser valorizada da mesma forma. Com a
evolução do quadro, a pessoa se torna cada vez mais silenciosa,
agressiva, confusa e dependente dos outros, pois ela já não consegue
realizar atividades básicas do dia a dia, como por exemplo,
alimentar-se, locomover-se, higienizar-se, entre outras.
O diagnóstico da doença é feito pela identificação do quadro clínico
característico e pela exclusão de outras causas de demência, por meio
dos exames complementares (laboratoriais e de imagem)”, completa a
neurologista do Hospital Daher, Vanise Amaral.
O tratamento da doença
de Alzheimer inclui intervenções medicamentosas e não medicamentos as
com o objetivo de retardar a progressão da doença, melhorar a memória e
as funções mentais, controlar os transtornos de comportamento, além de
melhorar a qualidade de vida do paciente e das pessoas próximas.
O
tratamento não medicamentoso da doença de Alzheimer é dirigido não
apenas ao paciente, como também aos seus familiares e cuidadores.
“Orientações sobre a natureza e a evolução da doença, sobre como lidar
com eventuais comportamentos inadequados ou mesmo agressivos, além de
adaptações e modificações necessárias no ambiente, e programas de
atividades específicas para os pacientes, são exemplos de tais medidas. A
participação de outros profissionais de saúde, particularmente aqueles
que trabalham no campo da reabilitação, como fisioterapia, terapia
ocupacional, fonoaudiologia, psicologia, além de profissionais de
enfermagem, é de grande importância”, afirma a neurologista.
Portanto, atividades físicas, boas noites de sono, lazer, evitar maus hábitos como bebida alcoólica e fumo, e uma boa alimentação são ótimas maneiras de preservar a saúde mental e diminuir o risco de a pessoa ter doença de Alzheimer.