A hemorroida, doença muitas vezes não diagnosticada por medo ou vergonha, causa desconforto entre as pessoas, que preferem não revelar a doença e por isso evitam procurar um médico para trata-lá. A doença atinge tanto homens quanto mulheres e ocorre quando há dilatação das veias no canal anal, sendo mais recorrente entre as mulheres.
Existem três tipos de hemorroidas: as externas, internas e mistas. As externas são as hemorroidas que ficam ao redor do ânus (fora do reto), onde o principal sintoma é a inflamação. As internas ficam na parte interior do ânus e está associada ao sangramento. Em alguns casos, a pessoa pode possuir tanto a hemorroida interna quanto a externa, resultando na mista. “Todas as pessoas estão sujeitas ao acúmulo de vasos sob o canal do ânus, mas tudo depende dos fatores de risco para que esses vasos fiquem em maior quantidade ou dilatados, provocando a hemorroida”, disse a coloproctologista do Hospital Daher, Dra. Maíra Lemos.
Os fatores de risco são variados, entre eles estão a hereditariedade, gravidez, idade, alterações endócrinas e nutricionais, consumo de álcool e a ingestão de alimentos industrializados. A hereditariedade é um dos principais fatores, pois as pessoas com histórico familiar estão mais propensas ao surgimento da hemorroida. “Além do fator genético, a constipação também se enquadra nos fatores de risco e ocorre quando o paciente evacua com esforço e com as fezes endurecidas causando o sangramento e o crescimento (inchaço) das hemorroidas”, afirma a médica.
A Dra. Maíra ainda alerta que muitas pessoas confundem a hemorroida com outras doenças, ate mesmo com o câncer, devido ao sangramento na hora da evacuação. “Não há risco da hemorroida virar câncer. No entanto, o sangramento pode ser causado por várias doenças, inclusive o câncer. Portanto, qualquer sinal de sangramento, o paciente deve procurar o médico especialista para avaliação”.
A hemorroida deve ser tratada através de medicamentos e higienização correta e dependendo da gravidade, por métodos cirúrgicos. A cirurgia ocorre quando o paciente sofre com o agravamento da hemorroida, quando há um quadro clínico avançado com constantes inflamações ou sangramentos, ou quando o paciente se sente muito incomodado. “A cirurgia possui diversas técnicas, sendo que a mais utilizada é feita no centro cirúrgico, na qual o médico extirpa a hemorroida completamente. Essa é a técnica mais efetiva no tratamento, além de ser menos invasiva”, explica a coloproctologista.
Para prevenir a hemorroida deve-se ter uma alimentação saudável, rica em fibras e proceder com a higienização adequada da região. “Após a evacuação, é recomendável fazer a assepsia com água e sabão. Caso o paciente não tenha acesso a esses produtos em determinadas situações é importante o uso de papel umedecido para a limpeza do local, pois o papel seco pode machucar a área fazendo com que a hemorroida inflame. Vale ressaltar, que a área molhada deve ser seca após a higienização”, aconselha a Dra. Lemos.
1 Comentário. Deixe novo
Eu tenho e gostaria de fazer uma cirurgia ano que vem, tenho mêdo das complicações possíveis, por isso ainda não ousei, mas me sinto muito incomodada. Até vi um método que ultilizam em São Paulo, mas nem isso me fez perder o mêdo. As minhas foram geradas na gravidez.