Pais e professores estão acostumados com a síndrome, popularmente chamada de hiperatividade, inclusa no quadro de sintomas do TDAH – Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Mas identificar corretamente a hiperatividade não é uma tarefa fácil, pois pode ser muitas vezes confundida com o comportamento natural das crianças.
Quando houver alguma suspeita por parte dos pais, é importante avaliar os filhos em diferentes ambientes para analisar seu comportamento e saber se é algo constante ou ativado por uma causa externa. É preciso que a criança apresente os mesmos sintomas tanto em casa como na escola, por exemplo.
Os principais sintomas são:
- Inquietação
- Distração
- Falar excessivamente
- Dificuldade em seguir instruções
O déficit de atenção, outro sintoma parte da TDAH, pode ser predominante, porém mais comum em adultos. “Os pacientes vão apresentar dificuldades cognitivas como desatenção para ler, escrever e executar tarefas”, explica Dr. Elza Dias, neurologista do Hospital Daher.
O diagnóstico deve ser feito por um médico especializado. “É necessária uma consulta médica e psicológica, na qual serão avaliados os sintomas e verificados se ocorrem em pelo menos duas condições: escola/ trabalho, família/sociedade. O adulto para ser diagnosticado deve ter algum destes sintomas desde os sete ou 12 anos”, observa a Dr. Elza.
O tratamento da hiperatividade em adultos baseia-se em medicamentos para controlar a doença, como psicoestimulantes. Em crianças o tratamento é mais complexo, pois será necessária também, uma terapia cognitiva comportamental, processo para compreender certos transtornos mentais. A terapia envolve sessões com os pais e com a criança, onde incluirá uma avaliação para determinar o tratamento mais adequado.
Para que a hiperatividade não se agrave ou desenvolva na fase adulta, é necessário que se reconheçam os sintomas ainda na juventude para prevenir frustrações futuras na vida pessoal e profissional.
2 Comentários. Deixe novo
O comportamento do meu filho, com apenas 4 anos era de “arrepiar” nem mesmo eu tava aguentando, adeus vida social!! as reclamaçoes vinda da escola tava se tornando frequentes, e antes de desistir, joguei a ultima e certeira cartada, procurei um especialista, a terapia foi rápida, fui orientada até mesmo na maneira como eu deveria falar e minha criança a praticar esporte. Meu filho aos 8 anos ja se comportava como um “pequeno grande homem”. Hoje com 16 anos, ai sim!! é um adolescente grande homem e nunca precisou de medicamento. Há casos e casos, é isso? Obrigada pela materia. Rosália Coelho
Comentário *