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Bariátrica – Sete aspectos importantíssimos

 

Bariátrica, cirurgia da obesidade, e redução do estômago – os três nomes referem-se ao mesmo procedimento voltado ao tratamento da obesidade grave. O Hospital Daher Lago Sul o realiza há anos e oferece estrutura adequada, equipamentos específicos e equipe especializada no tratamento cirúrgico da obesidade mórbida.

Trata-se de uma operação que, com o passar dos anos, ganhou aperfeiçoamento e, atualmente, oferece resultados mais eficientes e maior segurança ao paciente. A cirurgiã geral, especialista em cirurgia videolaparoscópica, Dra. Helena Malnati, uma das especialistas que integram a equipe médica do Hospital Daher, que atende os pacientes no consultório e realiza cirurgias, esclarece alguns aspectos sobre a bariátrica no intuito de tirar as dúvidas e acabar com os mitos a respeito do assunto.

1) Normas

Há normas específicas para os profissionais e unidades de saúde quanto ao assunto. Isso porque os avanços obtidos nos últimos anos e a tendência de facilidade ao acesso não podem banalizar a prática e menosprezar as medidas de segurança definidas em nível mundial.

O Hospital Daher Lago Sul segue os protocolos que exigem a participação de uma equipe multiprofissional em todas as etapas, a partir do primeiro atendimento até a cirurgia plástica reparadora, quando necessária. Desta forma, o paciente, em um momento inicial, é avaliado por profissionais de diversas áreas.

Só de cirurgiões plásticos, o Hospital Daher conta com 10 médicos devidamente capacitados. Além disso, há o cumprimento rigoroso do modelo definido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que consiste na verificação de itens essenciais ao processo cirúrgico para garantir toda a segurança necessária.

Entre as ações de rotina estão:

  • checagem de segurança;
  • check-list seguro ou time-out;
  • identificação correta do paciente e presença de toda a equipe cirúrgica;
  • confirmação do procedimento a ser realizado e planejamento de acesso respiratório e da necessidade de transfusão de sangue;
  • posicionamento correto do paciente na mesa cirúrgica;
  • confirmação do lado a ser operado;
  • disponibilidade de equipamentos e materiais necessários para a cirurgia;
  • encaminhamento de materiais para exames diagnósticos.

2) Indicação

Existe sempre a dúvida: quem pode fazer a bariátrica? É válida em qualquer situação de excesso de peso? Não. Ela é voltada apenas aos pacientes com Índice de Massa Corporal (IMC) maior do que 40, independentemente da existência de outras patologias, ou com IMC superior a 35 com doenças associadas. Para quem tem diabetes ou síndrome metabólica, o índice deve estar acima de 30.

E como saber qual seu IMC? É fácil. Divida o seu peso pela sua altura ao quadrado. Exemplo:
Pessoa com 90kg e 1,50m
90/1,5 x 1,5 = 40 (IMC)

3) Qual médico está apto a realizar o procedimento?

O profissional habilitado é o cirurgião bariátrico. Um detalhe importante é que, em geral, aqueles profissionais que acompanham o paciente, periodicamente, como o endocrinologista, o cardiologista e o ginecologista reconhecem a necessidade e fazem o encaminhamento para o tratamento cirúrgico.

4) Quais os principais passos?

O primeiro é marcar a consulta com um cirurgião bariátrico. Ele verificará se há realmente indicação cirúrgica e solicitará alguns exames para avaliar a presença de doenças que surgem, normalmente, associadas ao excesso de peso. Os cuidados incluem também avaliação de cardiologista, anestesista e pneumologista para avaliação do risco cirúrgico.

Comprovada a necessidade e com os resultados dos exames em mãos, marca-se a data da operação. No dia, a internação deve ocorrer uma hora antes do procedimento. Exige-se jejum.

A anestesia usada é a geral, que permite ao paciente dormir durante toda a cirurgia, com duração média de 2 horas. O período de observação na recuperação anestésica é de mais ou menos 2 horas. Após esse período, ele é liberado para o quarto, onde já poderá se levantar e fazer pequenas caminhadas, conforme orientação médica.

A alta ocorre, em geral, 48 horas depois, mas isso varia de acordo com a evolução de cada um. Vale ressaltar que os cuidados pós-operatórios, como a dieta líquida, devem ser seguidos à risca.

E não para por aí. O paciente deverá ser acompanhado pelo cirurgião bariátrico, endocrinologista, nutricionista e psicólogo tanto antes quanto depois da operação. Após a perda e confirmada a estabilização do peso, poderá ser necessária a avaliação do cirurgião plástico para possíveis procedimentos reparadores.

5) Técnicas adotadas:

A técnica de Bypass Gástrico (gastroplastia com desvio intestinal em “Y de Roux”) consiste em grampear parte do estômago para reduzir o espaço para o alimento. Além disso, faz-se um desvio de 100 cm do intestino inicial, que promove o aumento de hormônios que dão a sensação de saciedade, diminuem a fome e aumentam o metabolismo basal, aumentando o gasto energético. A somatória desses fatores leva ao emagrecimento, além de controlar o diabetes e outras doenças, como a hipertensão arterial.

Uma curiosidade sobre o nome “Y de Roux”. A denominação se dá pelo fato de a costura do intestino desviado ficar com formato parecido com a letra Y. Roux é o sobrenome do cirurgião que criou a técnica.

Existe também a Gastrectomia Vertical. Nesse caso, o estômago é transformado em um tubo, com capacidade de 80 a 100 mililitros. Trata-se de um procedimento relativamente novo, praticado desde o início dos anos 2000. Ele apresenta boa eficácia para a perda de peso e para o controle das comorbidades.

6) História da Bariátrica:

Em 1960, houve os primeiros registros de procedimentos com grandes desvios intestinais para tratar, cirurgicamente, a obesidade. No entanto, as técnicas apresentaram complicações graves e foram, gradativamente, sendo abandonadas.

Mais de 20 anos depois, mais especificamente, em 1982, nos Estados Unidos, o médico Edward Mason introduziu o conceito de restrição gástrica, por meio da gastroplastia vertical com bandagem, uma cirurgia restritiva, com bons resultados e baixos índices de complicações.

Na década de 90, veio à tona a técnica que combinava a restrição alimentar a um pequeno desvio intestinal. Após pequenas modificações realizadas por Fobi, criou-se a operação mais realizada até hoje, a gastroplastia (ou By-Pass Gástrico) com reconstrução em Y-de-Roux, ou Fobi-Capella.

No Brasil, a prática surgiu em 1970, com o cirurgião Salomão Chaib da FMUSP. Acompanhando as tendências mundiais, após a década de 90, com as novas técnicas e os resultados animadores, a cirurgia bariátrica se estabeleceu e cresceu no país. Finalmente, após o ano 2000, difundiu-se a videolaparoscopia também para a bariátrica, com melhora expressiva na recuperação pós-operatória. Hoje, nosso país é o segundo em número de cirurgias, por ano.

“A obesidade está associada ao aumento de mortalidade e à redução da expectativa de vida dos obesos, em cerca de 5 a 20 anos. Observa-se, ainda, que, ao tomar o caminho inverso, a perda de peso melhora os fatores de risco para doenças cardiovasculares e diminui a mortalidade. Mas é importante ressaltar que a cirurgia é um tratamento adotado apenas em casos extremos, nos quais se comprova os limites de IMC fixados e quando as terapias comportamentais (dietas e exercícios) e os medicamentos apresentam-se ineficazes”, esclarece a cirurgiã bariátrica, Dra. Helena Malnati, integrante do corpo clínico do Hospital Daher Lago Sul.

7) Estatísticas:

Em 2014, houve um aumento de 10% de cirurgias bariátricas, no Brasil, em relação a 2013, conforme apontou a estimativa da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica Metabólica (SBCBM). Naquele ano (2014) 7 milhões de pessoas aguardavam pelo procedimento. Já em 2015, 93,5 mil pacientes fizeram a cirurgia, sendo que em 2014, o número foi de 88 mil, o que representou uma elevação de 6,5% na comparação entre os dois anos.

Dados da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL) do Ministério da Saúde indicaram que, em 2013, 50,8% dos brasileiros estavam acima do peso e 17,5% eram obesos. Os percentuais ficaram 19% e 48% superiores aos registrados em 2006, quando a proporção era 42,6% e 11,8%, respectivamente. A obesidade é considerada fator de risco para doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e para alguns tipos de câncer.

De acordo com outro levantamento da VIGITEL e do Departamento de Informática do SUS (DATASUS), atualmente, 51% dos brasileiros estão com sobrepeso e são obesos. Estima-se que 4.5 milhões de pessoas têm indicação formal para a cirurgia bariátrica. O país realiza, aproximadamente, entre 90 e 95 mil procedimentos anualmente. Ao considerar todos os números, o levantamento estima que serão necessários 50 anos para operar todos aqueles que apresentam a necessidade de passar pela cirurgia.

Dra Helena Malnati
Formada em Medicina pela Universidade de Brasília (UnB) em 2008, fez Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário de Brasília (HUB), de 2008 a 2009, e em Cirurgia Geral Avançada e Videolaparoscopia, também pelo HUB, no período de 2010 a 2011.

A Dra. Helena, que é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), passou a integrar a equipe do Hospital Daher Lago Sul em 2012, como cirurgiã geral.

Saiba mais sobre o Hospital Daher
O Hospital Daher Lago Sul é referência no Distrito Federal. A unidade funciona há mais de 20 anos em área nobre do DF, onde o paciente encontra toda a comodidade de que precisa. Em um mesmo lugar, centraliza atendimentos em diversas especialidades, pronto-socorro, unidade de terapia intensiva, centro cirúrgico, laboratórios, bem como procedimentos modernos e eficazes voltados para o diagnóstico, acompanhamento e tratamento das doenças. Por promover um serviço humanizado, acolhedor e seguro e, consequentemente, a saúde e o bem-estar das pessoas, o Hospital Daher agora é visto como um Centro de Hospitalidade.

Quer outras informações sobre o Hospital Daher? Entre em contato:

(61) 3213-4848
SHIS QI 07 – F – Lago Sul – Brasília/DF

2 Comentários. Deixe novo

  • BOA NOITE, MEU NOME É JANETE TENHO 37 ANOS, 1,54 CM DE ALTURA E 103,00 KG. JÁ FIZ VARIAS DIETAS PARA TENTAR EMAGRECE NO ÍNICIO ATÉ DA CERTO MAS DEPOIS O PESO VOLTA TUDO DE NOVO, GOSTARIA MUITO DE FAZER A CIRURGIA BARIÁTRICA, TENHO PLANO DE SAÚDE UNIMED PLANALTO VOCÊS ACEITAM PARA FAZER A CIRURGIA?

    Responder
  • janetepedroso1981@gmail.com
    24/10/2020 16:02

    GOSTARIA DE SABER SE FAZEM CIRURGIA BARIÁTRICA PELO PLANO DE SAÚDE UNIMED PLANALTO?

    Responder

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