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Açúcar de coco é uma boa escolha para a saúde? Entenda a diferença dele

Queridinho das dietas das revistas e dos blogs, o açúcar de coco é a nova moda para quem quer emagrecer. Mas será que ele é mesmo uma escolha mais saudável? Este açúcar é feito do extrato das flores da palma de coco, e não é processado.

O açúcar de coco se tornou popular por promover baixo índice glicêmico (IG) –o que significa que o açúcar presente no alimento vai lentamente para a corrente sanguínea, explica a nutricionista Angela Bersch, do Hcor (Hospital do Coração). “Um alimento considerado de baixo IG é aquele com glicose menor que 70mg. O IG do açúcar de coco, por exemplo, é de 35mg. Já o do açúcar comum é 68mg.”

Os picos de açúcar estão associados a ocorrência de diabetes e ao chamado efeito rebote, segundo nutricionistas. Em resposta à alta do açúcar no sangue, o pâncreas produz grande quantidade de insulina e o alimento é digerido rapidamente. Comidas com baixo índice glicêmico reduziriam os níveis de glicose no sangue.

Para Bersch, essa dieta traz benefícios como redução do colesterol sintetizado pelo fígado e a diminuição dos níveis de ácido úrico. “Cerca de 100g do produto tem, aproximadamente, 50kcal a menos que a mesma quantidade de açúcar refinado [398 kcal]”. A nutricionista lembra, no entanto, que a recomendação de consumo de açúcar diário da OMS (Organização Mundial de Saúde) é de entre 25g e 50g por dia (incluído o açúcar de bebidas e de comidas). Uma colher de sopa corresponde a 25g.

Entre os refinados e os orgânicos Os açúcares vendidos no mercado são muito diferentes entre si. Os brancos são os refinados e os escuros os menos refinados. O refinamento é a introdução de produtos químicos para produção de um produto mais claro e fino. O açúcar mascavo e o demerara são mais escuros por não passarem por esse processo e com isso preservam mais o gosto da cana-de-açúcar. Com o refinamento, o açúcar perde os nutrientes e passa a oferecer apenas calorias.

Os orgânicos não utilizam nenhum produto químico, desde o plantio até a indústria. O light é a mistura do açúcar com adoçante e por isso, tem o gosto totalmente diferente dos demais. Já o açúcar de frutose é encontrado em frutas e vegetais.

Nem tudo é doce A dificuldade ao substituir o açúcar refinado pelos orgânicos está no sabor. Por não passarem por processos químicos, eles não são tão doces, o que faz as pessoas aumentarem a quantidade usada.

“O ideal é substituir a quantidade e não aumentar a proporção. Neste caso, depende do objetivo do paciente. Se for o de reduzir calorias e não consegue se adaptar ao paladar menos doce, sendo necessário aumentar a proporção, não existe vantagem em substituir um açúcar pelo outro”, explica Bersch.

Para Denise Mafra, nutricionista da UFF, não existe o “açúcar ideal”. “Se existe um melhor? Na minha opinião, nenhum deles!”

Se o indivíduo não consegue deixar de comer açúcar simples, deveria então optar pelo açúcar mascavo e, lembrando, sempre com bastante moderação. Pois vivemos um momento em que os índices de obesidade vêm aumentando de forma alarmante na população brasileira.” Mas se não dá para resistir a vontade de comer um doce, Angela Bersch recomenda não passar de 10% do valor total calórico ingerido no dia. “Para saber quanto 10% representa em gramas de açúcar, por dia, é possível fazer uma conta: um indivíduo que ingere 2000 kcal, diariamente, pode ingerir 200 kcal de açúcar, o que equivale a 50g, ou seja, duas colheres de sopa”.

O problema não está no açúcar que adicionamos, mas, sim, no açúcar embutido nos alimentos processados.”

Alimentos como macarrão, pão francês e até um pastel contêm carboidratos que se transformam em açúcar no organismo. O ketchup, por exemplo, é um molho com alto teor de açúcar.

Uma dica importante é ler as indicações nutricionais dos rótulos e saber interpretá-los: a ordem dos ingredientes é relativa à quantidade existente no produto. Se o açúcar estiver entre os primeiros da lista, significa que o produto tem muito deste ingrediente.

Fonte: Notícia uol

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